sexta-feira, 17 de julho de 2009
Minha bagagem
Minha bagagem
Lembro do teu cheiro
Do brilho do teu olhar
E do meu olhar faceiro
Na hora de te amar
Lembro do teu suor passeando
Fazendo em mim caminhos
E nossos corpos se representando
Em infinitos ribeirinhos
Lembro do teu corpo se contorcendo
E você me olhando meio de lado
E teus pequenos lábios me mordendo
Num ritmo descompassado
Lembro que te dei o maior prazer
Que uma mulher pode sentir
E em ti despertei um novo amanhecer
Colocando-te pra dormir
Na saída do banho
Eu vivia a te profanar
Com um olhar tamanho
Que conseguia te enxugar
Fostes sempre minha puta-dama
Rompi tua última castidade
És o único nome que minha voz chama
Antes de emergir na saudade
Agora dou adeus ao nosso amor
E a todas as poesias que pra ti criei
E saiba que por onde eu for
No meu coração sempre te levarei
Fernando Marques
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