sábado, 19 de junho de 2010

Moça Bonita


Moça Bonita

Moça bonita
Eu quero te ver
Boiando ao amanhecer

Moça bonita quero te dizer
Que o meu coração eu doei a você

Moça bonita
Te dou uma flor
Saudando o dia que raiou

Moça bonita
Meu sorriso mudou
Porque o meu coração
Ele se apaixonou

Fernando Marques

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um Simples Gesto


Um simples gesto

Um simples gesto...
Pode um dia se transformar
Numa iniciativa
Que nos faça sonhar

Um simples gesto...
Pode um dia ficar
Dentro de um coração
E nele se perpetuar

Um simples gesto...
Um simples olhar
Quando são siceros
Conseguem nos acalmar

Um simples gesto...
Pode modificar
A vida de uma pessoa
Que só deseja amar

Um simples gesto...
Um aperto de mão
Quando verdadeiro
Afaga até o coração

Um simples gesto...
Nos faz acreditar
Que o mundo é bonito
E vale a pena nele está

Um simples gesto...
Na sua verdade
Nos faz sorrir por dentro
Pela força da sua sinceridade

Fernando Marques

Escute


Escute

Tentei te falar
Voce não quis ouvir
Que longe do teu olhar
Eu só me vejo diminuir

Você se esquece
Que você sou eu
Vê logo se aparece
O meu amor ainda é seu

Nunca deixe de escutar
Os desígnos do seu coração
Pois mais que a razão venha te falar
Que não mereço mais tua atenção

Enxergue dentro de você
Os motivos que te fazem sonhar
E sinto o tempo que faz crescer
O nosso triste e doloroso penar

Pare de escutar
A nossa insensatez
Se muitos preferem chorar
Não faremos desse momento nossa vez

Volta pra me devolver
O brilho do teu olhar
Pois eu sem você
Vivo a naufragar

Sabe meu amor
Se todo o meu pecado
Te arrancou essa dor
Escute esse recado:

Hoje eu vivo
Longe do prazer
Daquele olhar refletivo
Que unia eu o mar e você

Fernando Marques

A Cada Uma eu Agradeço


A cada uma eu agradeço

Eu queria muito saber
Porque as estrelas caem da constelação
Já que precisamos delas
Pra nos iluminarmos na escuridão

Cada estrelinha
Com sua madrinha lua
Tem sua contribuição
Pra iluminar minha rua

Pena as estrelas cadentes
Deixarem de existir
Mas sei que cada uma passa o seu valor
Antes do céu se despedir

Mesmo após a sua morte
Elas ainda deixam no caminho sua luz
E devagarzinho chegam a nós
E na sua última despedida ainda nos seduz

Viva cada estrela
Que meu olhar encantou
Viva cada estrela cadente
Que meu coração alumiou

Fernando Marques

Conceito de uma Solidão


Conceito de uma solidão

Me acalme...
Me dê todo o seu amor
Me ajude
A enfrentar toda minha dor

Carrego no peito
O conceito da solidão
Que me prende no meu leito
Que escurece minha visão

Me ajude
A novamente sonhar
Pois não tenho a atitude
De eu mesmo me ajudar

Todo dia ao amanhecer
Me pergunto: porque levantar?
E quando chega o anoitecer:
Será que ainda vou sonhar?

Essa é a interrogação
Que me acompanha dia a dia
Vertida como lição
Pela falta de alegria

Conceito...
De uma solidão
Que não tem nem respeito
Com meu sonhador coração

Imerso nessa solidão
Nem mesmo consigo chorar
Pois meu coração
Não tem mais lágrimas pra jorrar

Fernando Marques

A felicidade é Visível


A felicidade é visível

O invisível existe
Basta você acreditar
Que o céu ou o inferno
Está a te esperar

Sinta o mundo girando
Sem ele você não é nada
Nele você apenas é
Uma pessoa desinformada

Entenda que a ciência
Confronta a religião
Entenda que nem mesmo você
Entende o seu irmão

Abra os olhos
Pra aquilo que não consegues ver
Escute a sua intuição
E o que ela quer dizer

Peça todos os dias
Paz, saúde e amor
Mas nunca se esqueça
De pedir ao Criador

A invisibilidade
Do que não consegues ver
Apenas existe
Pra nos permitir crescer

Pessoas nascem outras morrem
Sempre foi assim e sempre será
E muitos não conseguem perceber
Que a sua hora vai chegar

O amor
Também é invisível
Mas podemos senti-lo
Basta a ele ser sensível

Sempre estamos
A um passo da eternidade
E muitos deixam escapar
A visível felicidade

Fernando Marques

Sagrado Manto


Sagrado Manto

Olho pro céu estremecido
Com a chuva que cai
E vejo sobre a terra
A vida que a chuva extrai

Tudo que era feio e seco
A chuva dar uma nova vida
A semente que foi plantada
Já não está mais adormecida

As rosas desabrocham
Aromatizando a cidade
Os passarinhos gorjeiam
Cantos de felicidade

Continua chovendo
E em cada canto
A vida vai surgindo
Sob esse sagrado manto

Agora é a minha vez
De nela me abençoar
Pois existem poucos prazeres
Que fazem à vida germinar

Fernando Marques

Pretensa Comunhão


Pretensa comunhão

Invada meu coração
Roube-me cada sentido
Conduza-me na tua direção
Mostre-me um mundo colorido

Mostre-me o amor
Que só conheci lendo
Aqueça-me com o teu calor
A cada amanhecer que te desvendo

Mostre-me dentro de você
O lugar...
Que de tanto prazer
Irei me perpetuar

Faça-me esquecer do mundo
Fazendo-me reconhecer
Que não existe nada mais profundo
Do que sinto por você

Seja a dona do meu coração
O meu prazer de viver
Seja toda e qualquer direção
Que me faça crescer

Guarde o lugar
Dentro do teu coração
Faça da minha pele o par
Da nossa comunhão

Fernando Marques

Antes de Tudo


Antes de tudo

Antes de aprender a desenhar
Eu já sonhava
Antes de aprender a soletrar
Eu já falava

Antes de aprender a levantar
Tive de aprender a cair
Antes de começar a sonhar
Tive que o mundo colorir

Antes de amar
Eu já antecipava o amor
Antes de chorar
Eu já temia a dor

Antes de dormir
Aprendi o prazer de levantar
Antes de me ferir
Aprendi minhas feridas cicatrizar

Antes da palavra abandono
Eu já sabia caminhar sozinho
Antes de ser o meu próprio dono
Aprendi que nasci sozinho

Antes de tudo e de mim mesmo
Eu ficava a pensar
O que seria andar a esmo
Sem ter alguém pra me acompanhar?

Fernando Marques

Folhas Caídas


Folhas caídas

Vejo um vento rasteiro
Levantando as folhas que dormem sobre o chão
Dando a elas uma nova vida
Pois nem as folhas caídas deixam de existir na Criação

Um bailar de encantar que vem nos demonstrar
Que nem mesmo as folhas que despencam
Perdem o poder da sedução

Fernando Marques

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Vontade Louca – Louca Vontade


Vontade louca – louca vontade

Vontade de beijar
Essa tua boca
E te amar
De forma louca

Emaranhar-me nos teus cabelos
Fazer tua pele se arrepiar
Levantando todos os teus pêlos
Até te fazer ao céu viajar

E depois desse ritual
Trazer-te pro meu peito
Pois depois desse ato conjugal
Já nos abraça o nosso leito

Fernando Marques

Aprendendo


Aprendendo

No meu tempo de escola
Eu só ficava a moldar
De que forma seria a cola
Que me fizesse passar

Eu só vivia a imaginar
O formato da calcinha
Quando via passar
A menina da carteira vizinha

Eu olhava minhas professoras
Com olhar discente
Mas eram aterradoras
Minhas visões indecentes

Sempre no recreio
Eu ia brechar
Sem receio
Minha vizinha se “maquiar”

Tinha na parede um buraquinho
Que engenhosamente criei
De lá eu voltava fraquinho
Quanto lá eu suei...

Tinha uma certa professora
Motivo da minha constante fraqueza
Ela era avassaladora
Com sua voluptuosa beleza

Ela me lembrava
Da égua da fazenda
Que eu andava
Como a professora era estupenda!...

Eu tinha visão de raio x
Essa professora eu despia
Ela era o chamariz
Pras melodias que no banheiro vertia

Essa é apenas uma leitura
Da minha adolescência
Onde essa criatura
Era pura inocência

Fernando Marques

Feridas que não se Abrem


Feridas que não se abrem

Hoje eu sentei pra chorar
Pra pensar nas feridas da vida
Tentei o meu caminho desenhar
Até mesmo o sorriso da minha partida

Fiquei olhando pro mar
Escurecido pela minha visão
Tentei cada lágrima decifrar
Que saia do meu coração

Pensei em cada poesia
Criada pela palavra dor
E também em cada alegria
Abençoada pelo amor

Fiz de todas as flores
O motivo da minha inspiração
E conheci todos os dissabores
Do meu ladino coração

Eu contava todas as estrelas
Que me iluminavam na escuridão
E juro que sempre ao vê-las
Eu sentia que estava sob proteção

Lembrei também da luz do dia
Que escurecia minha alma
E lembrava da frase que o acidente anuncia:
Vá com calma!

Dentro do meu ser
Criei o monstro e o herói
Independente de quem vencer
Sei que sempre uma nova batalha se constrói

Dos amantes...
Eu era o mais encantado
Mas em delírios flutuantes
Fui o mais amaldiçoado

Muitas vezes eu cheguei a pensar
Que eu era um ser imortal
Por isso com a vida eu queria brincar
E sempre acabava muito mal

Cativei poucos amigos
Mas todos agindo com sinceridade
E criei pro meu prazer inimigos
Onde eu despejava minha maldade

Inúmeras vezes fui o mar
Que empurrava as ondas sobre a areia
Por muitas vezes fui o vento a soprar
Que uma frágil embarcação desnorteia

Eu me achava uma fortaleza
A tudo eu sempre podia
Pois nunca tive a certeza
Do medo que a alma esfria

Lembrei que quando eu ficava triste
Eu procurava na morte me abraçar
Mas o destino sempre insiste
Em querer nos contrariar

Sou uma pessoa solitária
Que nunca se entregou ao coração
Agindo de forma autoritária
Rompendo os limites da razão

Às vezes consigo sorrir
Mesmo sem sentido
Melhor que sentir
Algum desejo ressentido

Uma infindável batalha
Que consiste em me defender
Do fio doce da navalha
Que quer me enlouquecer

Abraço os braços pro céu dos meus problemas
E com fé faço um pedido:
Que todos os meus dilemas
Encontrem cada um o seu sentido

O que fazer?
O que pensar?
Viver!!!
Ou outra vida procurar?

Hoje estou aqui sozinho
Parado e chorando
Refazendo cada caminho
E o tempo mais ainda passando

Olho pro céu e escuto
O que a terra quer me dizer
Ou eu luto
Ou ela vai me comer

Eu queria poder deletar
Da minha memória
O que a borracha não consegue apagar
E escrever uma nova história

Vejo um barquinho
Bem longe no horizonte do mar
Ele também está sozinho
Mas tem alguém pra o comandar

Já eu...
Não tenho nem a mim mesmo
Pois meu ser sempre viveu
Andando a esmo

Vou agora me levantar
pois a agonia da noite
Já vem me presentear
Com a solidão do açoite

Eu nem quero justificar
As lágrimas que aqui sentado derramei
Pois sei que outras ainda irão rolar
Como eu sei!...

Minha vida ainda não acabou
Ainda tenho muito que trilhar
Mas só uma frustração aqui ficou
Foram das feridas que aqui não quis falar


Fernando Marques

Não Existe Separação pros Corações que se Amam


Não existe separação pros corações que se amam

Não existe distância
Que me separe de você
E nenhum tipo de arrogância
Que me impeça de te ter

Nem mesmo o imenso mar
Com toda sua turbulência
Não vai me impedir de encontrar
O remédio pra tua ausência

Daqui do lugar que estou
Consigo segurar a mão
Que a minha segurou
E acalentou meu coração

Não há jeito
E nenhuma razão
Pra que eu não te traga pro meu peito
Pra escutar meu coração

Fernando Marques

Desejos da Alma Feminina


Desejos da alma feminina

Sou a tua mulher
Querendo-te incessantemente
Pois tudo o que meu ser mais quer
É conhecer teu inconsciente

Preciso ser mais mulher
Pra ter a delicadeza
De saber tudo que você quer
Com um toque de sutileza

Tocar em mim...
Beijar meus próprios seios
Pra meu prazer não ter fim
Independente dos meios

Preciso mais e mais
Ser a minha própria flor
Pra sentir que sou capaz
De encontrar em mim o teu despudor

Preciso me maquiar
Pra ficar pra você mais bela
E às vezes ainda fantasiar
Que sou tua esperada donzela

Tenho que pinta meus lábios
Arrumar o meu cabelo
E preparar todos os meus lábios
Pra arrepiassem pêlo a pêlo

Tenho que estrategicamente
Meu corpo inteirinho perfumar
Pois premeditadamente
Em ti meu cheiro irá ficar

Eu tenho a malícia
Que possui uma mulher
E minha carícia
Não é de uma qualquer

Fernando Marques