domingo, 28 de março de 2010

Infinitude...


Infinitude...

Eu queria encontrar
Nesse mundo
Algo que pudesse se comparar
Com esse sentimento profundo

Queria multiplicar as constelações
Pela a infinita infinidade
De minhas emoções
Na sua totalidade

Queria ir mais além...
Andar por universos
Onde ninguém
Viu-se em versos

Queria mergulhar
Dentro do meu orgânico ser
E tentar palpar
O que só em sonhos consigo ver

É como uma luz...
Imergindo na escuridão do universo
Percorrendo anos luz
Pra decifrar esse total disperso

Fernando Marques

Pudera


Pudera

Pudera eu
Dominar teu ser
Tornar teu corpo meu
E pra sempre te querer

Ser teu senhor do sim
O dono do seu não
E pra sempre ser assim
Com o mais doce coração

Tomando-te repentinamente
E num instante de magia
Implantar em sua mente
Um mundo de fantasia

Fernando Marques

Lua


Lua

Pretensa criatura
Que ilumina meu ser
Dama da noite escura
Juíza do padecer

Releve meus pecados
No julgo da eternidade
Pra que não sejam revelados
Na impura humanidade

Revitalize minha alma
Num narrar de poesias
Pra que eu encontre a calma
No mundo das fantasias.

Fernando Marques

Fragmentos


Fragmentos



Sabe aqueles dias que o coração ta miudinho com uma vontade louca de chorar? Nesses dias me ponho a cantar tentando enganar o que desejo e por fim derramo meu ser numa letargia que só me impede de crescer por renegar o sofrer.

Aprendendo, vou crescendo dentro de um invólucro chamado mente que contrapondo a emoção, às vezes por se defender, refracto o desejo “primitivo” de precisar de alguém ao meu lado. Às vezes concluo que sou frio comigo mesmo, que não tenho sentimentos e ai vem uma voz de dentro dizendo que tudo isso é bobagem e que sou capaz de amar e me dedicar muito mais do que pessoas que passam o dia dizendo da boca pra fora: eu te amo.


Fernando Marques

Porém...


Porém...

Sou um sonhador
Daqueles que sonha acordado
Sou um ser errante
Embora tenha um caminho “traçado”

Sou a ventania
Fazendo dançar a plantação
Sou a chuva fria
Que te traz uma boa recordação

Sou a poeira do deserto
Que te apresenta uma miragem
Sou o destino incerto
Da tua desejada viagem

Sou o pássaro que voa
Sobre o céu da tua imensidão
Sou a música triste que destoa
O teu frágil coração

Sou aquele beijo
Que você dá na palma da mão
Pra esconder o desejo
De me entregar teu coração

Porém...
Sou pura contradição
Uma hora o teu bem
Outra tua perdição

Fernando Marques

Meu Beijo


Meu beijo

Gradativamente libertei meu beijo peregrino
Dando vazão ao meu desejo
Com a astúcia de um menino
Encantando-me com o que vejo

Percorri todo o caminho
Que o corpo dela me levava
E mesmo beijando sozinho
Senti que ela adorava

E entre o M do seu corpo
Entreguei-te a protuberância do meu
Com a constância de um sopro
De um desejo que cresceu

E no Ápice do prazer
Vi sua visão fechar
Sentindo seu corpo gemer
Nas contrações a me alucinar

E no cansaço do amor
Velei seu corpo até ela dormir
E sem nenhum rancor
Fiz meu beijo partir


Fernando Marques

Mulher de Fases


Mulher de fases


Chego a brincar com a lua
Acreditando ser o dono dela
E no manto dela nua
Beijo-a da minha janela

Ela sem graça, mingua
Escondendo sua clareza
E num beijo de língua
Revela sua proeza

Ela me acompanha na madrugada
Entregando-me pro dia
Minha lua enluarada
Você é minha alegria

Quando a noite ela não sai
Fico triste a pensar
Da alegria que se vai
Quando não a vejo enluarar

E quando ela aparece...
Meu pensamento se acalma
Minha paixão cresce
Enluarando minha alma

Ela como toda mulher
Tem suas fases
Uma bobagem qualquer
E desfazemos as pazes

Mas no fim do dia
Ele vem sorrindo
Reinstalando a alegria
E a saudade partindo.



Fernando Marques

Eternamente...


Eternamente...

Quando o sol se puser
E pensares que o dia acabou
Tenha fé
Que ele ainda nem começou

Durante o anoitecer
Temos a lua pra nos aconselhar
E caso ela não venha aparecer
Ainda temos a noite pra sonhar

Fernando Marques

Quando Falta o teu Brilho


Quando Falta o teu Brilho

O dia amanheceu escuro
Faltou o brilho do seu olhar
A passarada já não canta mais
Pois sumiu o que a fazia acordar

O sol, a tua falta sucumbiu
Hoje nem uma flor brotou
E nem mesmo o jornaleiro
O meu jornal deixou

Hoje tudo o que tem vida
Resolveu da minha frente sumir
E até o vento já anunciou
Que pra outros campos irá partir

Mas ainda persevero
Pensando que irais voltar
E fico rente a janela
Esperando minha lua chegar

Fernando Marques

Ainda Devo Essa Canção


Ainda Devo Essa Canção

Hoje vou tentar compor
A mais linda canção
Pois as lágrimas vieram me dizer
Como morro de solidão
E como é triste o meu “viver”

Hoje me olhei no espelho
E não consegui me encontrar
Minha imagem estava embaçada
Tentei o espelho limpar
Mas era minha face que estava apagada

Assim como a lua muda de lugar
Eu já não me sinto mais comigo
Ando perdido entre o passado
Que se faz meu pior inimigo
Por deixar meu coração aprisionado

Prometi nunca mais chorar
Mas minto quando a ação
Antecipa meus juramentos
E o aprisionado coração
Esfacela-se em questionamentos

Já a anunciada canção
Que outrora anunciei
Já não consigo começar
Pois sem condições eu fiquei
As lágrimas não param de jorrar

Fernando Marques

Como Adoro


Como Adoro

Adoro quando minha mão atrevida
Passeia sobre teus caminhos
E você de prazer ficar absorvida
Com todos os meus carinhos

Adoro sentir tua pele me queimar
Quando teu corpo entra em ebulição
Adoro quando teu olhar vem me falar
Que é meu o teu coração

Adoro quando você troca meu nome
E me chama de amor
Adoro quando tua boca me consome
Sem pensar na palavra pudor

Fernando Marques

sexta-feira, 5 de março de 2010

Jardim da Fantasia


Jardim da fantasia

Vivo os meus sonhos
Pois consigo minhas dores suprimir
E sempre carrego na face
As razões que me fazem sorrir

Tristeza, decepções...
Fazem parte do viver
Mas também existem as alegrias
Que nos fazem renascer

Possuo um coração
Que consegue a tudo resistir
Embora às vezes ele se machuque
Eu nunca deixarei de sorrir

Assinei um contrato de paz
Entre a razão e a emoção
E somente eu
Escolho minha direção

Caminho sobre flores
Que plantei no meu jardim
E nele semeio o amor
Que existe em mim

Fernando Marques