quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O disfarce da futilidade


O disfarce da futilidade

Ela brincava com o tempo
Usava o disfarce da futilidade
Ela usava o charme ao seu “querer bem”
Ela se dizia feliz de verdade

Ela gostava de se narcisar
Com os pedintes de seu “amor”
Mas o tempo ia passando
Pois o tempo pertence ao Senhor

Um dia... Quem sabe?
Ela irá olhar pra trás
E perceber que toda a sua vida
Com um novo disfarce não se refaz

Quem só vive a brincar
Um dia vai perceber
Que a mesma mão que nos embala
Um dia pode desaparecer

Fernando Marques

É chegado o momento


É chegado o momento

Hoje eu posso partir
E dizer adeus a um GRANDE amor
Sem precisar fugir
Nem me sentir um perdedor

Hoje eu não preciso mais responder
Perguntas do meu coração
Pois ele já conseguiu entender
Que algumas coisas ficam na interrogação

Não preciso deixar uma carta
Nem muito menos um último olhar
Pois com o tempo a vida descarta
Tudo que em nós não faz par

Fernando Marques

Faces e disfarces


Faces e disfarces

Lembro do primeiro olhar
Que seqüestrou meu coração
Lembro do primeiro luar
Que me extraiu uma canção

Lembro da primeira flor
Que eu fiz desabrochar
Lembro do primeiro amor
Que me fez sonhar

Lembro da primeira lágrima caída
Que tanto me esforcei pra não cair
Lembro de uma despedida
Que de mim não quer partir

Lembro de muitos planos
Que sonhei amando
E de muitos enganos
Mas continuo perseverando

Lembro que conheci o sofrimento
Com todas suas faces e disfarces
E o poder do firmamento
Com todas suas fases

Lembro...
Embora negue esquecido
E ainda relembro
O que me foi oferecido.

Fernando Marques