Timoneiro
Coração louco da peste
Esse que carrego no peito
Me deixa noites sem dormir
Já não me tem nenhum respeito
Desconhece o meu nome
Vive outro a chamar
E fere com faca afiada
Tentando do peito se libertar
Vive sufocando
Balbuciando minha fala
Enxurrando meus olhos
De forma que me abala
Parece que não entende
Que o amor se confunde com o mar
Uma hora: tempestivo
Outra: um convide a navegar
Fernando Marques