sexta-feira, 25 de abril de 2014

Timoneiro


Timoneiro

Coração louco da peste
Esse que carrego no peito
Me deixa noites sem dormir
Já não me tem nenhum respeito

Desconhece o meu nome
Vive outro a chamar
E fere com faca afiada
Tentando do peito se libertar

Vive sufocando
Balbuciando minha fala
Enxurrando meus olhos
De forma que me abala

Parece que não entende
Que o amor se confunde com o mar
Uma hora: tempestivo
Outra: um convide a navegar

Fernando Marques

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Fervor

Fervor

Veio diluvio de rima
Ritmar meu coração
Fez nele ecoar poesia
Sem nenhuma objeção

Doce feito mistério
Que cresce dentro do peito
Apruma e faz sonhar
Homem que se diz feito

Cria rima
Faz rimar
Nasce a poesia
Nasce o sonhar

Fernando Marques