terça-feira, 21 de julho de 2009

Normalidade


Normalidade

Linhas mal traçadas
Feito almas perdidas
Dentro de pessoas amarguradas
Que não conseguem viver com suas feridas

Desencontro de toda razão
Contrariando o princípio
De aceitar a doce ilusão
Que nos vem desde o inicio

Embriagando a mente
Entendo melhor o mundo
Coisa que somente
Só sabe quem veio do fundo

A caneta me empurra a escrever
Letras que não consigo somar
Nem ao menos entender
O que não me faz parar

Crio minhas reticências...
Pontuando o meu sofrer
Subtendendo todas as dormências
De todo o meu viver

Angustiado com o que leio
Tento dá um ponto final
Coisa que realmente não creio
Pois me considero NORMAL.


Fernando Marques

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