terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Situações
Palavras Instigantes

Palavras Instigantes
Mergulho fundo dentro de um ser
Pra encontrar palavras simples
Mas compostas de sentimentos
Que possam desvendar sensações
Que se perpetuam em meus pensamentos
Existem na vida sensações inefáveis
Mas a grandeza dessas palavras
Encontram-se justamente na ausência
De um conceito tão forte e expressivo
Como um olhar de pura inocência
Essas palavras que procuro e sinto-as
É como a mescla de desespero e lenidade
Que me deixa incomodado e entorpecido
Quando elas do meu ser se apossam
E de mim fico esquecido
Seria mais fácil entender a ciência
A matemática quântica ou até mesmo
Os delírios de uma cúmplice loucura
Do que me deparar com conceitos
Que a minha alma depura
Mas acredito que todas essas palavras
Surgirão no último capítulo de nossas vidas
E elas virão até nós e irão dizer:
Não importa qual de nós te instigou
O importante é que todas fomos vividas
Fernando Marques
Pra Nascer

Pra nascer
Acordei chorando
Porque ainda não te esqueci
E meu coração clamando
Por momentos que ainda não vivi
Dizem que poetas fingem sentir dor
Mas ninguém está ao meu lado
Somente a ausência como cobertor
E meu choro abafado
Mas é mais fácil aceitar
Que devo acreditar no amor
Porque ouço um ou outro falar
Que ele é coisa de inventor
Dizem que o ser humano
Adéqua-se as necessidades
Mas vivem num mundo mundano
Na corda bamba das efemeridades
Eu defendo o meu coração
E toda a sabatina que o amor trouxer
E sempre enfrentarei a razão
Venha ela como vier
Pra nascer
Eu tive que chorar
Então digo que pra viver
Vale à pena amar
Não vou me preocupar
Com o choro que agora sorrir
Pois ainda tenho muito que amar
Embora vez ou outra venha me ferir
Fernando Marques
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Teu Indicador

Teu indicador
Queria ser o suor do teu corpo
Para me escorrer em você
E em cada recôndito dele encontrar
Tudo o que te dá prazer
Queria ser o teu cabelo
Pra sempre ficar na sua cabeça
E ser o ar que você respira
Pra que nunca eu desapareça
Queria ser o teu indicador
Que faz teu corpo se contorcer
Para que nos teus devaneios
Eu faça tua boca se morder
Queria ser o luar
Que invade teu quarto escuro
Assim juntos poderíamos conceber
Um sonho de amor puro
Queria...
E sempre vou querer
Ser todo o seu coração
E todo seu amor merecer.
Fernando Marques
Sambamos lado a lado

Sambamos lado a lado
Na passarela da vida
Vou desfilando minha dor
A saudade e a estrada perdida
E cantando o amor
Vou compondo meu enredo
Com os retalhos do passado
Das bravatas ao medo
Do quanto fui amado e abandonado
Tento compor a harmonia
Entre meu ser e meu coração
Cantando com alforria
De tudo que me fez prisão
Na ala do passado
Mil histórias deixei
Nos olhos de um menino levado
O quanto eu sonhei...
Na ala do presente
Tento me encontrar
Pois da minha vida sou o presidente
Eu decido que samba tocar
Já na ala do futuro
Fico sorrindo a imaginar
Que o sonho é algo puro
E nem a vida o pode macular
Lá lá lá iá
Crio batucadas na palma da mão
Lá lá lá ia
Reforce o meu refrão
Venha comigo desfilar
Saudando o prazer de viver
E juntinhos vamos sambar
Até um novo amanhecer
Deixe as amarguras
Nas fantasias do passado
Pois nele não existem mais criaturas
Que te façam perder o rebolado
Olhe para o céu
E veja as estrelas na folia
Emergindo seus brilhos ao leu
E o luar que nos contagia
Cada um dia de nós
Comando o seu gingado
Nessa passarela nunca estamos sós
Sambamos lado a lado
Lá lá lá iá
Crio batucadas na palma da mão
Lá lá lá ia
Reforce o meu refrão
Fernando Marques
Amor-esperança

Amor-esperança
Às vezes fantasiamos o amor
Porque aprendemos
Que Ele é a coisa mais linda do mundo
E às vezes de nós esquecemos
Fingimos muitas vezes
Uma alegria que não nos pertence
E sempre por mais que certa situação nos doa
Dizemos que o amor nos deixa penitente
Mas acredito no fundo dos meus sentimentos
Que um amor sublime e verdadeiro
Apaga-nos a tristeza e sucumbe a solidão
De nosso pranto derradeiro
Às vezes precisamos escutar uma triste canção
Que nos mostre o caminho sensorial
Da descoberta do nosso ser emotivo
Embora ela possa nos fazer certo mal
Às vezes nutrimos um olhar
Invertido a outra pessoa
E embora nos sintamos submissos a ela
Sempre o coração-amor a ela perdoa
O amor...
Sentimento este incontrolável
Uma hora toda a nossa base
Outras nosso lado instável
Muitas vezes sentamos e choramos
Sem conseguir uma lágrima derramar
Mas só quem ama ou amou somente
Sabe a dor que o amor é quando vem nos faltar
Ouvi muitas vezes a palavra esperança
E por mais que ela me fuja de um conceito
A ela sempre entregarei meus sonhos
Com todo meu respeito
Então...
Digo a mim mesmo que amo
E que sempre nessa vida amarei
Por mais que Ele me pareça um engano
Fernando Marques
Amor é síntese – Mário Quintana

Amor é síntese – Mário Quintana
Por favor não me analise,
Não fique procurando cada ponto fraco meu,
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu
Ciumento, exigente, inseguro, carente,
Todo cheio de marcas que a vida deixou.
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.
Amor é síntese,
É uma integração de dados,
Não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
Ninguém consegue abraçar um pedaço,
Me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeito, amor.
domingo, 22 de novembro de 2009
Preservando-a
Preservando-a
Você me pede pra falar
Que é seu o meu amor
Mas basta eu me aproximar
Pra dizer que dos seus males sou causador
Você tenta contrapor
Todo o meu sentimento
Mas por ele tenho valor
Sem que ter que prestar depoimento
Basta você olhar na minha face
E sentir o pulsar do meu coração
Que verás que meu amor não tem disfarce
Nem muito menos contradição
Por amor...
Sempre preservei você
Sem precisar expor
O que me prende a você
Fernando Marques
Pela eternidade

Pela eternidade
Meu amor
Sou a mulher que aflora
Igualmente uma flor
Quando meu néctar você devora
Adoro nossos corpos suados
Profusos em desejos
Adoro os caminhos traçados
Dos teus peregrinos beijos
Fico uma fêmea no cio
Quando você me toca
Quando fio a fio
Você me retoca
Você vem dominar
Eu quero te prender
Quando vens depositar
O que me faz florescer
Faça de mim a tua flor
Das minhas pétalas teu aroma
Pois teu amor
Docemente me doma
Um calor fumegante
Aquece minha pele
E a todo instante
Peço que o universo nos atrele
És a lua
Que clareia meu leito
Que o meu pudor atenua
Esse é teu doado direito
És o sol
Que traz o dia
És o lençol
Que me aquece na noite fria
És o vento
Soprando na minha orelha
Causando o enrubescimento
Da minha pétala vermelha
De tanta imensidão...
Sinto de verdade
Que o meu coração
Te amará pela eternidade
Fernando Marques
Sublimação

Sublimação
Venho agora falar
Coisas do meu coração
Uma poesia pra alegrar
Outras pra cair na interrogação
Venho falar das cores
Da indecifrável natureza
E das dores
Frutos de nossa delicadeza
Venho tentar decifrar
Todo o mistério
Que o espelho não consegue revelar
E que se finda no cemitério
Venho aqui dizer
Que vejo cores na escuridão
E também contradizer
O conceito de razão
Posso ser contraditório
Do escrever ao agir
Mas meu ser é transitório
Somente Deus pode me dirimir
Venho aqui dizer
Que aprendi a voar
Coisa que talvez você
Não consiga acreditar
Fernando Marques
Devolvendo
Café da Manhã

Café da Manhã
O café era azul, azul como a profundeza de um oceano escuro e sobre uma mesa flutuante pairava o sol das paredes que a ele comprimia como um adorno de renda que circunda as mais belas curvas criadas pela natureza. Eram trêmulas as mãos que criavam redemoinhos no fundo de um cálice, um tanto trivial, para aquele horário.
Fiz a cama que me chamava para novos sonhos-pesadelos, penteeie os cabelos que o tempo me levou usando o pente da recordação que insiste em se perder no presente. Outrora tentei pegar o pão que se distanciava da flutuante mesa e nele coloquei o recheio de lágrimas com a faca da loucura. Compus meu café, mas de tão faminto neguei come-lo.
Fernando Marques
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
O disfarce da futilidade

O disfarce da futilidade
Ela brincava com o tempo
Usava o disfarce da futilidade
Ela usava o charme ao seu “querer bem”
Ela se dizia feliz de verdade
Ela gostava de se narcisar
Com os pedintes de seu “amor”
Mas o tempo ia passando
Pois o tempo pertence ao Senhor
Um dia... Quem sabe?
Ela irá olhar pra trás
E perceber que toda a sua vida
Com um novo disfarce não se refaz
Quem só vive a brincar
Um dia vai perceber
Que a mesma mão que nos embala
Um dia pode desaparecer
Fernando Marques
É chegado o momento

É chegado o momento
Hoje eu posso partir
E dizer adeus a um GRANDE amor
Sem precisar fugir
Nem me sentir um perdedor
Hoje eu não preciso mais responder
Perguntas do meu coração
Pois ele já conseguiu entender
Que algumas coisas ficam na interrogação
Não preciso deixar uma carta
Nem muito menos um último olhar
Pois com o tempo a vida descarta
Tudo que em nós não faz par
Fernando Marques
Faces e disfarces

Faces e disfarces
Lembro do primeiro olhar
Que seqüestrou meu coração
Lembro do primeiro luar
Que me extraiu uma canção
Lembro da primeira flor
Que eu fiz desabrochar
Lembro do primeiro amor
Que me fez sonhar
Lembro da primeira lágrima caída
Que tanto me esforcei pra não cair
Lembro de uma despedida
Que de mim não quer partir
Lembro de muitos planos
Que sonhei amando
E de muitos enganos
Mas continuo perseverando
Lembro que conheci o sofrimento
Com todas suas faces e disfarces
E o poder do firmamento
Com todas suas fases
Lembro...
Embora negue esquecido
E ainda relembro
O que me foi oferecido.
Fernando Marques
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Tua Borboleta
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Luxúria

Luxúria
Vejo tua natureza
E o tanto que ela é encantadora
Supra sumo da beleza
De uma musa inspiradora
Me perco em ti olhar
Extasiando-me em teus delineamentos
E a cobiça faz aflorar
Pervertidos pensamentos
Pro meu prazer te desnudo
Por não conseguir controlar
Um desejo que não se faz de mudo
Quando vens na minha volúpia passear
Quero ser o teu vento
Que te envolve sem pudor
Quero ser teu maior sentimento
Ao qual os amantes chamam de amor
Imagino o teu beijo
Sabendo que por ele terei devoção
E por tantas coisas que também desejo
Na minha profana imaginação
Te carrego pro meu leito
Antes mesmo de contigo sonhar
Pois no acordar o sonho será desfeito
Pois ao meu lado não vais estar
Mas posso te possuir
Nem que seja numa poesia
Assim meu desejo vem me vestir
Com tua presença que me contagia
Fernando Marques
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Miragem

Miragem
Vago por um deserto
Sem nenhuma orientação
Não tenho ninguém por perto
Mas carrego alguém no coração
Um grande tapete vazio
No dia um sol de queimar
A noite um torturante frio
Tentando meu coração congelar
A minha sobrevivência
Depende apenas de mim
Contrapondo a ausência
Que me castiga assim
A cada passagem
Pelos becos de areia
Vejo em cada um uma miragem
Que meu ser desnorteia
Ilusão...
Criada pelo desejo
Causando-me confusão
Por não ser real o que vejo
Passos repetidos...
Começo a refazer
Pois em todos os sentidos
Estou sempre a me prender
Mesmo perdido
Sem saber que rumo tomar
Não me dou por vencido
Pois desse deserto vou escapar
Quando isso acontecer
Vou meus caminhos modificar
Pra não mais me envolver
Quando uma miragem se apresentar
Fernando Marques
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Das Vantagens de ser Bobo - Clarice Lispector

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir, tocar no mundo.
O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas.
Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde:
"Estou fazendo, estou pensando”.
Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída
porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza,
e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem.
Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias
que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem
como simples pessoas humanas.
O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver.
O bobo parece nunca ter tido vez. No entanto, muitas vezes,
o bobo é um Dostoievski.
Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo,
confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado
de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso
porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho
sem vê-lo sequer.
Resultado: não funciona.
Chamado um técnico, a opinião deste era que o aparelho estava tão estragado
que o concerto seria caríssimo: mais vale comprar outro.
Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto estar tranqüilo.
Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.
O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
Aviso: não confundir bobos com burros.
Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera.
É uma das tristezas que o bobo não prevê.
César terminou dizendo a célebre frase:
"Até tu, Brutus?"
Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu.
Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.
Os espertos ganham dos outros. Em compensação, os bobos ganham a vida.
Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie.
Aliás,não se importam que saibam que eles sabem.
Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas
(não confundir bobo com burro,com tolo, com fútil).
Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem
por não nascer em Minas!
Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas.
É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca.
É que só o bobo é capaz de excesso de amor.
E só o amor faz o bobo.
Clarice Lispector
sábado, 22 de agosto de 2009
Luz e poesia pra um coração sofrido

Luz e poesia pra um coração sofrido
Hoje eu disfarço
Fingindo estar completo
Nego não sentir tua ausência
Mas confesso que a falta do teu amor
Tem se tornado uma grande penitência
Tento andar às vezes
De cabeça firme e erguida
Sem precisar olhar pro chão
Onde muitas passadas outrora deixei
Caminhos esses guiados pela sua mão
Juro que tento
Na solidão do meu vazio
Por ti nunca mais nessa vida chorar
Deus sabe o quanto eu tento isso transparecer
Mas esse sentimento que sinto não quer me abandonar
Hoje eu tento escrever
Sem deixar a saudade me dominar
Mas ela guia o meu coração numa poesia
Que não consigo nem suplantar nem medir
O tormento de sentir essa falta que me agonia
De tanto olhar pro infinito
Cheguei muitas estrelas contar
E lembrava que muitas delas já tinham morrido
Mas a luz e o poder de encantar ainda estavam presentes
Pois sempre existirá luz e poesia pra um coração sofrido.
Fernando Marques
Inseparável
Tive que abri-lo

Tive que abri-lo
Abri meu coração
Até ele ultrapassar
Toda a razão
Que vive a nos nortear
Abri meu coração
Pensando que ele era limitado
Mais juntei sentimentos numa adição
Que me mostrou o quanto ele é abastardo
Abri meu coração
Pra um sonho bonito
Que surgiu feito um clarão
Como um raio de sol infinito
Abri meu coração
Como abrimos pro Criador
E escutando uma canção
Quis ser dele o seu doador
Abri meu coração
Sem saber o que nele ia encontrar
E nele encontrei toda a razão
Que me fazia te amar
Fernando Marques
A Resposta

A Resposta
Olho pro céu e pergunto:
Onde ela está?
E fico esperando uma resposta
Que insiste em se ausentar
Sinto as lágrimas dos meus olhos
Escorrendo por um corpo vazio
É tamanha essa ausência
Que me dar até calafrio
Grito...como grito
Perguntando onde você está
Mas não tenho a resposta
Que faça meu coração se calar
A resposta não chega
Pois não existe um mensageiro
Que encontre um coração
Que perdeu seu paradeiro
Mas tenho a esperança
De saber como você está
Mas não tenho a resposta
Que grito pra encontrar
Fernando Marques
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Nietzsche

"Será que alguém, ao final do século XIX, tem uma idéia clara daquilo a que os poetas das eras fortes chamaram pelo nome de INSPIRAÇÃO?
Se não vou descreve-la:
Repentinamente, com certeza e sutilileza indescritível, algo se torna visível, audível algo que nos sacode em nossas últimas profundezas e nos lança por terra... a gente não busca, ouve, não pede ou dá. Aceita. Como um relâmpago , um pensamento se ilumina de forma irresistível, sem hesitações, com respeito a sua forma, eu nunca tive qualquer escolha! Tudo acontece de forma involuntária no mais alto grau, mas como uma onda enorme de liberdade, um sentimento de algo absoluto, de poder , de divindade." ( Nietzsche)
domingo, 16 de agosto de 2009
sábado, 15 de agosto de 2009
Pra viver!

Pra viver!
Pra não morrer de amor
Tive que amar mais
Pra não sentir dor
Tive de procurar minha paz
Pra não morrer de saudade
Tive que outro sorriso amar
Pra não ter medo da felicidade
Tive que não ter medo de chorar
Pra não deixar de escrever
Tive que prender as poesias
E por não me conter
Faço nelas minhas fantasias
Fernando Marques
Ampulheta

Ampulheta
O tempo é incerto
Cheio de incertezas
Mas tenho Deus por perto
Pra depurar minhas impurezas
Na vida vou aprendendo
A amar e sofrer
E sempre me esquecendo
Que um dia vou morrer
Não quero pensar na morte
Tenho muito o que viver
Acredito que a minha sorte
Eu mesmo irei fazer
Dias atrás
vi uma folha caindo
Mas logo atrás
Vinha uma flor sorrindo
Pra frente é que se anda
Usado ditado
A sua vida você comanda
Estais a isso fadado
Mas se queres ser
Um barco sem remo nem direção
Você pode se perder
Numa vida de ilusão
Lembre-se da passagem
Ampulheta da vida
E antes da última viagem
Não deixe sua pessoa ser esquecida
Fernando Marques
Seja sensível

Seja sensível
Escute as ondas do mar
Que rodeiam a ilha
Deixe a brisa te guiar
Dizendo: que maravilha
Acenda uma vela
Faça uma oração
E veja o barquinho a vela
Enfrentando o boqueirão
Despeje no tapete do mar
Todos os seus desejos
E deixe a vela te guiar
Recebendo das ondas seus beijos
Escreva sobre a areia
Todos os seus pedidos
E quem sabe pela sereia
Eles serão atendidos
Abra os braços pro céu
Agradeça a Deus
Jogue os problemas ao leu
Viva os sonhos teus
Peça paz
Pra nossa humanidade
Sabendo que você é capaz
De contribuir com essa necessidade
Procure seu amor
Chame-a pra dançar
Dizendo: vem meu amor
Quero a natureza te apresentar
Abrace-a com vontade
Estabeleça essa união
Beije-a de verdade
Sentindo seu coração
Lembre-se da vela
Da sua oração
E diga pra ela:
És a dona do meu coração!
Fernando Marques
Videira

Videira
Fruto do pecado
Nesse corpo de menina
Deixe o pudor de lado
Deixa que minha volúpia te ensina
Vem com teu corpo me presentear
Mexer com minha loucura
Pois quando o sol raiar
Teu semblante será só doçura
Se for o caso
Eu me dou à você
E até caso
Só pelo prazer de te ter
Mas por favor
Mate essa vontade verdadeira
Fantasia de um amor
Em transformar-te em videira
Fernando Marques
Passo...compasso

Passo...compasso
Faço um sambinha delicado
Feito gozo de mulher
Daqueles que não temos pressa
Leve o tempo que quiser
Faço no corpo da composição
Uma doce melodia
Que arrepia a pele de tesão
Que nos aquece e nos esfria
A cada compasso desse samba
Vou nele mergulhar
Até ficar com a perna bamba
Só de tanto me esbaldar
Passo...compasso
Ritmam meu movimento
E no salão extravaso
Até perder o firmamento
Fernando Marques
Nossa natureza

Nossa natureza
Veja caro amigo
A grandeza da natureza
Que nos serve de abrigo
Que nos serve de beleza
Solte os sentidos
Contidos no teu ser
Desejos esquecidos
A tua alegria de viver
Entenda os caminhos
Trilhados a luz do luar
Muitos terão espinhos
Mas é a natureza a te ensinar
Sente um dia
Na beira do mar
E veja que é o vento que guia
As ondas no seu bailar
Estenda os fenômenos naturais
Da relação dos elementos
Sendo você o cais
De todos os seus sentimentos
Não narro à natureza
Na forma vegetal ou animal
Mas sim a incerteza
Existente no homem funcional
Dentro da tua estrutura física
Existem sentimentos
Desordem psíquica
E muitos enfrentamentos
Então pare
Aconselhe-se com você
E que você sempre encare
Até o que não consegues ver
Fernando Marques
Um dia chamou-se amor, outros dias coração

Um dia chamou-se amor, outros dias coração
Sentada a beira da calçada
A dor na sua solidão
Lembrando da compassada
Que tinha seu coração
Tristes eram os olhos da dor
Perdida na sua insignificância
Rugas de temor
Pela dor da sua ignorância
A dor tinha alegria
Pois era preciso ter
Equilibrando a metria
Que ninguém consegue ver
Lembro que essa mesma dor
Lembrando de tempos que não voltarão
Um dia chamou-se amor
Outros dias coração.
Fernando Marques
Ator sem direção

Ator sem direção
Queria compor
Memoráveis poesias
Que falassem de amor
E trouxessem alegrias
Mas sou um ator
Que está sem direção
Às vezes sou um impostor
Negando ter coração
Vivo representando
Que aprendi escrever
Mas vivo soletrando
O que não quero dizer
Tento entender
Porque não contenho meus pensamentos
Que me empurram a escrever
Com os mais sublimes sentimentos
Aprendi que na dor
Nós nos reconhecemos
E no amor
Nós nos envaidecemos
Entendo agora
Armadilhas do destino
Que se apresentam a toda hora
Desde os tempos de menino
Mas ainda tento compor
Inspirado na mais pura inspiração
Onde o amor
É a minha direção.
Fernando Marques
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Eu e você!

Eu e você!
Somos feitos de sentimentos
Parte alegria, parte dor
Somos seres em construção
Sempre a procurar o amor
Somos a nossa própria tristeza
Quando desejamos ficar na melancolia
Somos o nosso próprio palhaço
Que nos faz soluçar de alegria
Somos os espinhos de uma roseira
Somos a beleza de uma flor
Somos a cópia da natureza
Daquele a quem chamamos de Senhor
Somos uma caixa aberta
Embora pareçamos fechados
Mas somente cada um de nós
Conhece bem seus próprios pecados
Somos e vivemos num estado de construção
Às vezes é doído aprender a viver
Mas somos tão tolos e fortes
Que acreditamos que sempre iremos vencer
Somos nossa própria interrogação
Quando não conseguimos decidir
Quais caminhos na vida tomar
Ou se amanhã iremos chorar ou sorrir
Somos um grande vazio
Que necessita de preenchimentos
Preenchimentos estes intangíveis
Chamados: sentimentos
Fernando Marques
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Indefinível

Indefinível
O amor é indefinível
É feito chuva no verão
E como se as pessoas já se conhecessem
Num simples cruzamento da visão
É como o mel que ainda não provamos
È como o sorriso que damos a vontade
Mais que um conceito indefinível
Acreditamos ser ele a chave da felicidade
É como conversar com as rosas
Mesmo sem elas falarem
É como ficar a sorrir de felicidade
Deixando as lágrimas rolarem
O amor...
Antes mesmo de a gente o conhecer
Nós já choramos por sua ausência
É diagnosticar uma dor sem parecer
E bem lá dentro de nós
Escutamos ecoadamente a sua voz
E às vezes um coração frio e seco
Transforma-se no nosso pior algoz
Não culpem relacionamentos desfeitos
Pelas dores da alma que carregamos
Pois em muitas uniões conseguimos ver
Que de amor por todo lado nos cercamos
Culpem aquele bom dia que não foi dito
Culpem aquela noite que esquecemos de rezar
Culpem aquele relacionamento de novela
Que na vida resolvemos adotar
Mas todos os dias olhe pro céu e agradeça
Por seres fruto de um amor Maior
E sempre de cabeça erguida diga a si mesmo:
Eu sei que nunca na vida estarei só
O amor...
Às vezes se apresenta numa nota triste
De canções nunca ouvidas
E que o coração a elas não resiste
Acredite...
Não tenha pressa de encontrar um amor
É feito tentar prender o vento
Pois o vento não possui um legislador
Arrume a casa do seu coração
Deixe-a livre de qualquer ressentimento
Pra quando o amor for visitá-la
Você a encher com esse sentimento
Mas nunca, repetindo, se esqueça
De todos os dias ao Senhor agradecer
Pois nessa vida tão gradamente por Ele oferecida
Basta esperar o momento pro amor nos envolver.
Somos frutos do amor
E as sementes que o faz brotar
Somos partes de um indefinível universo
Que vive a se moldar
Amor...
Quando você se apresentar
Venha me possuir feito o vento
Pois vivo e viverei sempre a te esperar
Fernando Marques
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Somente o amor

Somente o amor
Um beijo não significa
Um contrato para a eternidade
O sexo muito menos
A porta para a felicidade
Mãos dadas
Não significam união
Corpos abraçados
Não unem coração
Somente o amor
Na sua sublime identidade
Pode nos abrir
A porta para a felicidade
Somente o amor
Solidifica uma união
Onde corações constroem
Um só coração
Fernando Marques
Meu queridinho

Meu queridinho
Toda mulher
Mascara seu pudor
Elas tentam não ser “uma qualquer”
E juram não conhecer um vibrador
Algumas entre si se amam
Outras tenho até medo de falar
O tanto que seus corpos profanam
Quando deixam sua volúpia falar
As de seios maiores
Seus próprios mamilos sugam
As de seios menores
Sua própria saliva os inundam
Algumas têm uns ursinhos de pelúcia
Que se pudessem falar
Falariam com propriedades da astúcia
De uma mulher quando quer gozar
Elas conhecem bem
Certos dedinhos
Que as tocam como ninguém
Por todos seus ribeirinhos
E quando andam de bicicleta
Fico corado só em pensar
Na sutileza da mulher atleta
Que não tem pressa em pedalar
Muitas vezes tive o prazer
De vê uma mulher se masturbar
Mas digo pra você
É lindo de se admirar
Conheço umas “santinhas”
Que na cama sabem pecar
Conheço também umas “atiradinhas”
Que no sexo ficam a desejar
Eu poderia continuar a falar
Mas tenho que reconhecer
Que elas sabem se virar
Por que...
Elas sempre encontram
Um novo brinquedinho
E a eles chamam:
“Meu queridinho”
Fernando Marques
Paridade
Diz...
Volta!

Volta!
De tão inconseqüente
Permiti você partir
E hoje meu coração sente
Que longe de você não irá sorrir
Hoje acordo sozinho
Lembrando do teu sorriso
E o nosso ninho
Já não se chama paraíso
Eu não conseguia entender
Antes de você me deixar
Que precisei teu amor perder
Pra saber que sempre iria te amar
Hoje converso com a solidão
Perguntando onde você estar
Já nem sinto o meu coração
Que resolveu de mim se ausentar
Um completo vazio
Tomou conta do meu peito
Já não sinto calor nem frio
Mas ter te pedido eu não aceito
Você levou minha alegria
Mas sei que tive o teu amor
Mas eu não tive a maestria
De todo dia cativar teu amor
Todos os dias em oração
Eu peço pra você voltar
E que dentro do teu coração
Eu ainda possa estar
Aprendi na tua ausência
O significado da dor
E como é viver em penitência
Longe do teu amor
Fernando Marques
terça-feira, 28 de julho de 2009
Um Tanto Primitivo

Um Tanto Primitivo
Sou homem do mato
Embora viva na cidade
Desse modo não desato
De toda a minha verdade
Eu esculpo minha pessoa
Nos tropeços do dia
E minha alma apregoa
Toda minha alforria
Não tenho forma ideal
Pois os meus sentimentos
Fogem do real
Nos meus delineamentos
Crio o meu ambiente
Independente do lugar
Sou o meu confidente
Apenas eu entendo o meu chorar
Sou uma linha da criação
Sou um ser tempestivo
Que mistura razão e coração
Um tanto primitivo!
Fernando Marques
Apócrifo

Apócrifo
Tento entender
O que ele narrava
Tento entender
O que ele pensava
Ainda não compreendo
A sua autoria
Ainda não compreendo
A sua agonia
Muitas vezes
Eu o vi se alegrar
Muitas vezes
Eu o vi chorar
Não o resumi
Nas suas poesias
Não o resumi
Nas suas fantasias
Difícil encontrar nele
A luz da razão
Difícil encontrar nele
Um ponto de exclamação
Uma hora...
Autenticidade
Uma hora...
Infertilidade
No futuro dele
Lê-se: incerteza
No futuro dele
Lê-se: franqueza
Ele se perde
Na sua emoção
Ele se perde
Por não ter direção
Ser castigado
Pela fria dor
Ser castigado
Por não viver o amor
Ser que se ilude
Com um cheiro de uma flor
Ser que se ilude
Negando seu horror
Um dia ele vai perceber
Que não valeu a pena
Um dia ele vai perceber
Que a morte lhe acena
No fim dos meus questionamentos
Não vou ele reconhecer
No fim dos meus questionamentos
Ele vai novamente se desfazer
Fernando Marques
Paranóia Delirante

Paranóia delirante
Minha insanidade
Demonstra-me no viver
O transparecer da realidade
Que vive a se esconder
Sou então...
Um cidadão insano
Que tem sua própria opinião
Desconhecedor do profano
Sou uma criatura
Procurando liberdade
Abraçando-me com a loucura
Pelas ruas da cidade
Não deixo nada barato
Sei me defender
Todo nó desato
Que quer me prender
Se for o caso
Também sei correr
Obra do acaso
Tentando me surpreender
Meu destino
É pra frente olhar
Com a visão de um menino
Que vive a sonhar
Sou um inefável sonhador
Vivendo com os pés no chão
Porém sou sofredor
Quando ponho a caneta na mão
Não pense que com isso
Demonstro fraqueza
É apenas o que preciso
Pra contrapor minha natureza
Fernando Marques
Noites quentes

Noites quentes
Dilapidando o prazer
Conheci a flor
E de tanto viver
Encontrei o amor
Na vagância da procura
Que vem me aperfeiçoar
Levito a alma pura
Que vem nos abençoar
Um choque de encontros
Que nos fazem viver
Longe de desencontros
Que nos fazem sofrer
União...
Mãos dadas
Eis a razão
Das almas abençoadas
Caminho percorrido
Que valeu a pena
Nesse gesto colorido
Quando você me acena
Fantasias do meu olhar
Que invadem o coração
Que me fazem amar
Com essa situação
Venha como o sol
Permanentemente quente
Por baixo do lençol
Dizer o que tu sente
Venha como a lua
Que vem nos iluminar
Com a pele nua
Querendo pecar
Venha soltar
Teu grito de prazer
E nas pernas se entrelaçar
Pro meu ser se esconder
Venha chorando
Pecando sob o pano
E sempre me chamando
Vê cá meu profano
Fernando Marques
Sou assim!!!

Sou assim!!!
Jogando aberto
Abro meu coração
Não tenho ninguém por perto
Que segure a minha mão
Sou um inefável amante
Procurando alguém pra amar
E a todo instante
Faço uma mulher sonhar
A lua é minha amiga
O sol meu cobertor
Então venhas e me siga
Pra entender meu amor
Admiro cada flor
Que faço germinar
E por onde eu for
Consigo o cheiro delas levar
A minha natureza
É contraditória
Pois cada beleza
É transitória
Beijo vagantemente
Com muito carinho
De forma tão indecente
Que me perco no caminho
Mas não esqueça
Tudo tem seu preço
Por mais que alguém me apareça
Logo, logo desapareço
E se a saudade
Em ti ficar
Sorria de felicidade
Eu te fiz sonhar
Fernando marques
Meus Seres

Meus seres
Eu vago pelo uma casa vazia
Sem conseguir me conter
E a saudade me apresentava
À vontade de te escrever
Uma doce saudade
De um tempo que passou
O difícil é aceitar
Que em mim você ficou
Esse é o preço
Por um “dia” ter errado
É duro camarada
Se encontrar despedaçado
Levante a cabeça
Meu único amigo
Pare de lamentar
Deixe de ser teu inimigo
Agora vou te falar
Eu sinto o meu amor
Seja errado ou normal
E vou te pedir um favor
Deixe-me livre
Pra sorrir ou chorar
E cuide de você
Que só sabe falar
O teu narrar
É só exclamação
Deixando de esquecer
Que somos todos interrogação
Zelo tua amizade
Te amo de coração
Pagando a passagem
De andar na tua direção
Cuide de mim
Não me machuque mais
Sou um homem ferido
Que perdeu seus avais
Eu te escutei
Agora vais me escutar
Não te questiono por querer
Questiono por te amar
Amigo...
Choro por você
E sinto
Como é grande o teu sofrer
Contigo eu caminho
24hs por dia
E também compartilho
Da tua agonia
Esqueça aquele nome
Esqueça aquela pessoa
Também amo muito ela
Mas ela só te magoa
Veja como você está
Igual bêbado em contramão
Se faça volver
Pegando outra direção
Abrace-me amigo
Vou te confortar
Minhas palavras são precisas
Pra você se encontrar
Sempre te amarei
Nunca vou te largar
Sempre serei verdadeiro
Por mais que venha te confrontar
Se continuar amando
Aquela mulher
Eu te respeitarei
Porque é isso que você quer
Posso até te ajudar
Pedindo de coração
Pro nosso Deus
Escutar minha oração
É o que posso fazer
Além de te aconselhar
No mais é contigo
Saber se vais me escutar
Estamos cansados
Vamos dormir
E amanhã continuamos
Se assim preferir
Fernando Marques
Som do morro

Som do morro
Vamos nessa batida
Aumentando o som
E repita
Reforçando o meu tom
Alarde pela cidade
O seu refrão
Saudando a humanidade
Viva cidadão!!!
Se liga meu irmão
Teu castelo pode ruir
Se entrar na contramão
O trem pode te partir
Salve o senhor
Levantando as mãos pro céu
E peça por favor
Pra te afastar de todo fel
Faça dessa sintonia
Tua forma de reclamar
E dizer com alegria
Que vamos lutar
Largue cidadão
O que te engana
Desligue a televisão
Que a sociedade profana
Destrua a fortaleza
Criada pelo teu suor
Lá vive a realeza
Que te prejudica sem dó
Solte o cheiro
Do teu choro
O choro derradeiro
Apelo do morro
Fernando Marques
Vida de novela

Vida de novela
Jogo minha viva ao acaso
Na esperança de encontrar
Muito mais que um caso
Muito mais que transar
Mais do que sexo
Aquela grande mulher
Que vai me deixar conexo
E não uma qualquer
A busca de um tesouro
Que tem mais valor
Que pepita de ouro
Isso é o amor
Pouca gente sabe amar
Vivemos vendo novela
Que vive a fantasiar
Transformando a vida em bagatela
Eu já desliguei a televisão
Vivo num mundo real
Matei o Faustão
Construí meu canal
Fernando Marques
Página virada

Página virada
Amei como louco
Aquela mulher
E morri pouco a pouco
Por ela não saber o que quer
Coisa do passado
Página virada
Preciso ser encontrado
Por uma mulher mais afirmada
Amei como criança
De alma pura
E nessa mudança
Conheci a loucura
Quero um amor verdadeiro
Uma pura necessidade
E esse foi o derradeiro
Que me tirou a tranqüilidade
Preciso mudar
Escutar mais a razão
E deixar de me (des) encantar
Envolvendo meu coração
Nessa manhã fria
Ela me ligou
Trazendo-me a agonia
E a tranqüilidade me levou
Os primeiros passos
Que sucedem o meu (re)viver
São apenas embaraços
Mas vou eles conter
Tenho de ser decidido
E procurar o melhor pra mim
Senão viverei sempre ferido
E aí...será meu fim.
Fernando Marques
O mais difícil

O mais difícil
O difícil não é ficar sem você
O difícil será te esquecer
O difícil não será chorar
O difícil será não te amar
O difícil não é morrer
O difícil será contigo não viver
O difícil não será dormir
O difícil será não mais sorrir
O difícil não é ficar perdido
O difícil será ser esquecido
O difícil não será falta de amor
O difícil será sentir essa dor
Fernando Marques
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