sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Indefinível


Indefinível

O amor é indefinível
É feito chuva no verão
E como se as pessoas já se conhecessem
Num simples cruzamento da visão

É como o mel que ainda não provamos
È como o sorriso que damos a vontade
Mais que um conceito indefinível
Acreditamos ser ele a chave da felicidade

É como conversar com as rosas
Mesmo sem elas falarem
É como ficar a sorrir de felicidade
Deixando as lágrimas rolarem

O amor...
Antes mesmo de a gente o conhecer
Nós já choramos por sua ausência
É diagnosticar uma dor sem parecer

E bem lá dentro de nós
Escutamos ecoadamente a sua voz
E às vezes um coração frio e seco
Transforma-se no nosso pior algoz

Não culpem relacionamentos desfeitos
Pelas dores da alma que carregamos
Pois em muitas uniões conseguimos ver
Que de amor por todo lado nos cercamos

Culpem aquele bom dia que não foi dito
Culpem aquela noite que esquecemos de rezar
Culpem aquele relacionamento de novela
Que na vida resolvemos adotar

Mas todos os dias olhe pro céu e agradeça
Por seres fruto de um amor Maior
E sempre de cabeça erguida diga a si mesmo:
Eu sei que nunca na vida estarei só

O amor...
Às vezes se apresenta numa nota triste
De canções nunca ouvidas
E que o coração a elas não resiste

Acredite...
Não tenha pressa de encontrar um amor
É feito tentar prender o vento
Pois o vento não possui um legislador

Arrume a casa do seu coração
Deixe-a livre de qualquer ressentimento
Pra quando o amor for visitá-la
Você a encher com esse sentimento

Mas nunca, repetindo, se esqueça
De todos os dias ao Senhor agradecer
Pois nessa vida tão gradamente por Ele oferecida
Basta esperar o momento pro amor nos envolver.

Somos frutos do amor
E as sementes que o faz brotar
Somos partes de um indefinível universo
Que vive a se moldar

Amor...
Quando você se apresentar
Venha me possuir feito o vento
Pois vivo e viverei sempre a te esperar

Fernando Marques

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