
Um dia chamou-se amor, outros dias coração
Sentada a beira da calçada
A dor na sua solidão
Lembrando da compassada
Que tinha seu coração
Tristes eram os olhos da dor
Perdida na sua insignificância
Rugas de temor
Pela dor da sua ignorância
A dor tinha alegria
Pois era preciso ter
Equilibrando a metria
Que ninguém consegue ver
Lembro que essa mesma dor
Lembrando de tempos que não voltarão
Um dia chamou-se amor
Outros dias coração.
Fernando Marques
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