terça-feira, 25 de maio de 2010
Profusão

Profusão
Arranco do peito tudo que quero falar
Esqueço em pensar nas palavras que quero dizer
E agora sem pretensão e medo de chorar
Posso sentir a saudade e matá-la em você
Sou um ser livre pra sonhar
Muito mais que um insano sonhador
Pois nada nesse mundo pode alcançar
O sonho de quem sonha com amor
Hoje posso sair de dentro de mim
E fazer uma grande e barulhenta festa
Hoje eu posso ser a flor e o meu próprio jardim
Pois a alegria de viver se sobressai até por uma fresta
Posso escutar a canção mais linda e refinada
E chorar por uma saudade que a vida me permite matar
E se hoje aqui estou sonhando e vivendo a pessoa amada
Amanhã poderei está abraçando-a e fazendo-a me amar
Posso rasgar cada poesia que no passado escrevi
Pois de todas as fontes que me banharam de inspiração
Sei que em todas que mergulhei eu sobrevivi
Mas essa vem de forma tão infinita que me chamo profusão
Hoje eu sou o eixo imaginário do meu coração-mundo
E amanhã sei que serei tudo da vida o MAIS
Então esse é um desabafo sincero e profundo
De um homem pouco a pouco com seu sonho encontrando sua paz
Fernando Marques
Chega De Saudade - João Gilberto e Tom Jobim (Mestres da Bossa Nova)
Ainda continuo a pensar os motivos da maioria das pessoas enaltecerem músicas que nada nos trazem. Entendo que cada um tem a sua setença do "viver" e de "viver", mas também devo cada dia compreender o que mais me vale no meu VIVER.
Viva A Felicidade!

Viva a felicidade!
Expurgo a saudade
Que não desejo sentir
E abraço a felicidade
Que vem me cobrir
Saudade...
Um sentimento não esperado
Felicidade...
Um paraíso conquistado
Faço todos os dias
Uma oração a favor da felicidade
E pra não ter que conceituar agonias
Retiro do léxico a palavra saudade
Eu desejo e vivo
Vivendo a felicidade
Sem precisar de nenhum lenitivo
Para uma possível saudade
Só vou identificar
O que me faz sorrir
E tudo que pode me fazer chorar
Do coração mando partir
Fernando Marques
Premeditado Desejo

Premeditado desejo
Eu espero o amanhecer
Só pra te dar um bom dia
Pois nesse momento te ver
Torna-se minha maior alegria
Quando você se espreguiça
No teu ato de acordar
Você muito atiça
A minha vontade de te amar
E nesse ritual
Premeditado pelo desejo
Recomeço um ato carnal
Começando por um beijo
Indecentemente...
Te faço sorrir
E novamente
Te faço dormir
Fernando Marques
O Teu Sono
Escravo do Teu Amor

Escravo do teu amor
O teu amor...
Todo dia me escraviza
E o meu pudor
No conceito se minimiza
O teu olhar...
Que tanto me encanta
Me faz te profanar
E às vezes te ver como uma santa
O teu beijo...
Ah... A tua forma de beijar
Só aumenta o meu desejo
De em todas as vidas te amar
O teu abraço...
Faz eu me sentir uma criança
É como um laço
Do desejo com a esperança
A tua forma de se despir
Induz a minha nudez
E obrigado por consentir
Toda a minha timidez
E no diminutivo
Você chama meu nome
Com um único objetivo
Que tua forma de amar me dome
Obrigado mais uma vez
Por meu ser escravizar
Com tanta lucidez
Que não quero de ti me alforriar
Fernando Marques
Mensageiro Alado

Mensageiro alado
Pombo correio
Entregue essa carta ao meu amor
E diga que tenho muito receio
De perder o seu amor
Vá o mais rápido possível
Na sua janela pousar
E diga que o mundo é desprezível
Sem ela pra me amar
Vá sem demora
E diga aquela mulher
Que a toda hora
É ela que meu coração quer
Vá...
E sussurre no ouvido dela
Que não há
Ninguém igual a ela
Peço pra você
Todas essas palavras falar
Pois ela pode não querer ler
E ainda minha carta rasgar
Fernando Marques
Tudo Que Eu Precisava Saber

Tudo que eu precisava saber
Está tudo certo
Comecei errado
Sei que não sou esperto
Talvez... inconformado
Obrigado por me dizer
O que não quis escutar
Mas não esqueça que você
Também não sabe falar
Agora olho pra mim
E tento colher
O melhor do jardim
Do meu alvorecer
Vejo as nuvens passarem
Sobre as páginas de um caderno
E leio os poetas escreverem
O amor é eterno
Fernando Marques
Seja Amável

Seja amável
Olha meu amor
Como é linda a natureza
E entenda o valor
De toda sua beleza
Veja aquele passarinho
No céu a brincar
Ele traça o seu próprio caminho
Pois nada o impede de voar
Olhe pro chão
E veja a formiga operária trabalhar
Pois na sua labuta ela garante o pão
Pra sua colônia alimentar
Olhe pro mar
E saiba que ali vive
Fábulas de encantar
Que cada pescador revive
Veja o beija-flor
Voando sem sair do lugar
Pois com seu beijo ele acompanha a flor
Que vive no vento a bailar
Tudo isso é obra de um Criador
Que doou a sua Criação
Parte do amor
Extraído do seu coração
Seja palpável...
Ou imaginário...
Seja amável...
Com todo esse cenário
Fernando Marques
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Inspirações...

Inspirações...
Vou ao céu
Depois de uma noite de amor
E acordo me unindo ao papel
Com a cólera de um compositor
Saio do sonho
E mergulho na inspiração
Pois eu só componho
Pra quem escuta meu coração
Devo ao sexo feminino
Toda a minha verve
Assim faço o meu destino
E que cada poesia o preserve
Escrevi muitas vezes iludido
Com um figurado amor
Muitas vezes acordei “esquecido”
Por não suportar o sol com seu calor
Tento segurar a vontade
De parar de escrever
Mas seria uma contrariedade
Do que me dar prazer
Dos sonhos que sonho
Das mulheres que o tempo levou
Eu sou o maior sonho
Do homem que ficou
Cada parte de mim
Representa alguém
Como as rosas de um jardim
Perfumando um harém
Não tenho como fugir
De cada inspiração sentida
Pois é impossível dirimir
Qual delas é a mais querida
Fernando Marques
Canções Pro Nosso Mundo

Canções pro nosso mundo
Fico dedilhando meu violão
Dia após dia...
Tentando compor uma canção
Que devolva ao mundo a plena alegria
Penso no meu amor
Que está me ouvindo
E por onde o meu canto for
Sei que ele estará nos sentindo
Mesmo assim ainda tento
Compor uma única canção
Que expresse o sublime sentimento
Do meu melódico coração
De todas as canções
Que pro nosso mundo eu criei
Falei de minhas emoções
Inúmeras que nem contei
Fernando Marques
Coisas de Mulher ou Simplesmente Vaidade?

Coisas de mulher ou simplesmente vaidade?
Às vezes me pergunto:
Pra que tanto você se arruma?
Pois contigo o meu assunto
Sempre te desarruma
Pra que se maquiar?
Não consigo entender
Pois é no teu acordar
Que mais admiro você
Você troca roupa
Troca enfeites
Mas nunca se poupa
Dos meus deleites
De longe sinto teu cheiro
Mas você não consegue perceber
Que antes de tudo e primeiro
Sou eu quem perfuma você
Fernando marques
Penitência Declarada

Penitência declarada
Na inconstante forma de pensar que em mim se delineia
Tento parar e talvez por um segundo entender
Se são os meus sonhos reais ou a loucura que me norteia
Pois uma hora eu sorrio a toa e em seguida me vejo sofrer
Faço tempestades num grão pequenino de areia
Faço da seca que destrói plantação uma tempestade
E sempre apesar de amar cuspo na cruz que me norteia
E falo a figura nela incrustada apenas minhas inverdades
Crio minha penitência desejando o esperado castigo
Crio minha manhã fria apesar do sol ensolarado
Sou a fuga procurando o seu último abrigo
Sou a despedida de um encontro marcado
Porque às vezes sou a diferença da igualdade?
Porque tantas palavras crio sem querer nada dizer?
Porque caio na solidão pra fugir da felicidade?
Porque essa penitência declarada é quem me faz viver?
Fernando Marques
Minha Loucura

Minha loucura
O teu olhar atrevido
Me deixa completamente nua
Você sussurra no meu ouvido
Pedindo pra que eu te ame no meio da rua
Você sabe despertar
Tudo que sonho como mulher
E por isso me ponho a realizar
As loucuras que em mim você quer
De início...
Juro que te achava anormal
E que vivias a um passo do precipício
E que só queria o meu mal
Hoje mais do que nunca sei reconhecer
Que você é a imponente figura
Que faz meu corpo se desconhecer
E que minha sanidade transfigura
Longe de você sei fingir
Ser uma menina trivial
E até na hora de sozinha me despir
Penso em ti de forma descomunal
Quero ser o teu harém
E todo dia ser mais uma nova mulher
E juro que mais ninguém
Sabe reconhecer o que meu corpo quer
Sem você sou a pura timidez
Já perto de você – uma insana loucura
Longe de ti sinto frigidez
Já perto – uma nova criatura
Fernando Marques
Tua Forma Faceira
Minha Maior Interrogação

Minha maior interrogação
Imagina minha lua
Você sobre mim brilhando
Imagina como ficará cheia a rua
Com os enamorados se beijando
Imagina que você é
A minha maior interrogação
Pois nunca sei o que você quer
Quando se esconde na escuridão
Imagina minha querida
O ciúme de cada estrela
Quando as pessoas param na avenida
Só pelo prazer de vê-la
Imagina que hoje é noite de luar
E que a noite espera por você
Então venha o meu amor iluminar
Pois tenho muito a te dizer
Fernando Marques
Carta ao Senhor da Razão

Carta ao Senhor da razão
Vou argumentar
Com a minha razão
Que se a gente não amar
Pra que serve o coração?
Vou mandar uma carta
Dizendo ao meu Senhor:
Porque a razão não descarta
Esse medo do amor?
Ter medo é respeitar
O último passo perigoso
Que pode nos levar
A um caminho tortuoso
Mas o amor...
Vem de tudo e conceitua o respeito
Então meu Senhor...
Solte o coração no meu peito
Preciso pensar
Com a razão do coração
Assim irei descartar
A minha solidão
Dê-me um pouco de luz
Sobre essa reflexão
Pois foi na cruz
Que entregaste teu coração
Amém...
Fernando Marques
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Nas Asas de um Anjo

Nas Asas de um Anjo
Ontem falei com um anjo
Que veio no meu sono me afagar
Pedi a ele razão e saúde
E muito amor pra compartilhar
Pedi que antes de ir embora
Levasse-me pra voar
E que não soltasse a minha mão
Quando eu começasse a gostar
Sobrevoei o mundo
Olhando por todos os lados
Amor e dor
E sonhos despedaçados
Tentei me sentir superior
Pois sobre as pessoas eu voava
Mas no vôo percebi
Que o solo era o que me aguardava
Fernando Marques
Sem Saber o que Fazer

Sem Saber o que Fazer
Vi minha vaca atolada
No solo rachado do sertão
E a urubuzada
Esperando a refeição
Vi a chuva chover
Nos olhos do meu amor
Vi minha roseira padecer
E seu perfume se decompor
Vi a barra acenar
Sobre meus pensamentos
Vi o povo a Deus clamar
Por seus ensinamentos
Vi meu pobre totó
De tão fraco emudecer
E meu coração cheio de dó
Sem saber o que fazer
Vi o aceno da minha vida
Dar o seu derradeiro adeus
E a morte nossa última acolhida
Levando os braços que foram meus
Vi tudo o que era beleza
A seca castigante padecer
Jogando sob a poeira a natureza
Que meus olhos um dia puderam ver
Fernando Marques
Nota: Nunca passei fome, mas vi inúmeras pessoas mortas de fome e muitas assasinadas por não terem ajuda de ninguém
terça-feira, 11 de maio de 2010
Grande Atração

Grande atração
O sorriso do teu olhar
Que tanto te enfeita
Faz um coração se apaixonar
Quando nele ele se deleita
É como tatuagem na pele
Que sempre na gente ficará
Esperando um dia que ela revele
A hora de se retocar
É como o vento
Que refresca a pele
E cria um envolvimento
Que nos teus poros se expele
É como a beleza
De um doce abraço
Que num toque de sutileza
Transforma-se num laço
É como uma rosa
Postada sobre a mesa
Que apresar de tão formosa
Serve a formiga de sobremesa
Isso é você
Traduzida no teu encanto
É a beleza de te ver
Caindo-me como um manto
Fernando Marques
Madrugadas Frias

Madrugadas frias
De alma pura
Falo que te amo
E sem censura
Sempre foi essa verdade
Tentei me esconder
Brincando de encantar
Por ter medo de reconhecer
Que é você que eu amo
Tantas chances perdi
De pro mundo confessar
Que não sei viver sem ti
E que é seu o meu amor
E nessa estrada vazia
Que os faróis iluminam
Não vejo a outrora alegria
Que eu tanto amava
Mudei a paixão
Direcionei-me a você
Te entreguei meu coração
Que eu pensava não existir
E nessa madrugada
Trilhando o vazio
Tenho hora de chegada
Sem saber o que é dormir...
Uma vida...
Cheia de aventuras
Mas sem você querida
Nada tem sentido
Por um triz
Não cai de uma ponte
Foi Deus que não quis
Que desse mundo eu partisse
Teu coração
Eu desenhei
No pára-choque do caminhão
Pra ele sempre me proteger
Mas ele não tem o calor
Que o teu tem
Nem bate por amor
Mas é o que posso ter
A cada parada
Em cada entreposto
Sempre serais lembrada
Uma doce saudade...
Uma dura lida
Um caminhão carregado
Uma vida “divertida”
Nessa fria madrugada
Fernando Marques
Liberta Mulher

Liberta mulher
Sente o meu toque
A minha mão na sua leveza?
Não se retoque
Fale com franqueza
Deixe teu corpo falar
Porque antes do amanhecer
Teremos que declarar
Infinitas juras de prazer
Deixa o teu corpo eu semear
Deixe-me tocar tua pele nua
Que vou te encantar
Assando tua pele crua
Torne-se uma liberta mulher
Caia no meu colo
Diga o que você quer
Jogue-me ao solo.
Fernando Marques
Enigma

Enigma
Frente a frente
Mergulho no teu olhar
Sem conseguir entender
O que tanto me faz te amar
É como se fosse uma magia
Que dominasse meu coração
Como se completasse o espaço
Entre a razão e a emoção
Antes de te conhecer
Eu já te imaginava
Mesmo sem saber
Por onde você andava
Hoje já não é fácil
Ficar sem você
Pois se torna mais difícil
Esse enigma entender
Mas está sendo lindo
Deixar tua conceituação escapar
Pois nem o meu olhar
Consegue meu amor decifrar
Mas no fundo da alma
Nos recônditos do meu coração
Tenho a certeza que farei
Desse enigma minha exclamação
Fernando Marques
Apareça
Apareça
Tento esquecer
O amor que ainda não conheci
Pra me remeter
Desse amor que tanto pedi
Tento não mais sonhar
Com o rosto do meu amor
Mas na hora de levantar
Na primeira oração peço pro Criador
Todos os dias
Desenho no céu
O rosto da sonhada companhia
Que imagino ao léu
Dentro do meu coração
Eu guardo o maior desejo
Que é me unir em união
Com o meu amor que em cada sonho vejo
Apareça
Seja de noite ou de dia
Mas por favor
Seja a minha eterna alegria
Fernando Marques
SÓ DE SACANAGEM - Elisa Lucinda
SÓ DE SACANAGEM
(Elisa Lucinda)
Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até hábeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
(Elisa Lucinda)
Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até hábeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
Corrente Perene

Corrente Perene
Amarrei-me em você
Pra não te permitir ir embora
E ter o teu prazer
A toda hora
Toda vez que eu te soltar
Você vai está sedenta
Louca pra amar
Com tua pele suculenta
Assim eu sempre te terei
Do meu lado ao meu dispor
E sempre te levarei
Pra onde eu for
A cada anoitecer
A cada fim de tarde
A cada amanhecer
Não faça alarde
Sou tua corrente
Que circula teu corpo
Sou a amarra perene
Que se transformou num subcorpo
Fernando Marques
Binômio: Eu - Coração

Binômio: Eu - Coração
A minha menina
Dança dentro do meu coração
E ela também fascina
Toda a minha visão
Lentamente ela foi chegando
Sem nem mesmo se anunciar
E eu assustado renegando
Que ela estava a me dominar
Cada parte que me compõe
Sente o prazer de ela querer
E meu coração expõe
Que sem você não sabe bater
Você se afastou
Por culpa do seu dono
Só que ele não lembrou
Que eu – o coração - viveria em abandono
Ele já não suporta mais
A dor da minha irracionalidade
Ele só deseja pra nós dois paz
E muita... muita felicidade
Dentro desse amante coração
Repousa uma orquestra
E um vazio salão
Pra você fazer sua festa
Já dentro de mim
Ainda desejo sonhar
Com um lindo jardim
Onde eu possa te semear
Fernando Marques
Cópias Dubladas
domingo, 9 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
Canção da Lua

Canção da lua
Numa madrugada
Deitado sobre a areia
Sob a lua enluarada
Dançei contigo minha sereia
O vento era nosso som
Teu corpo meu lugar
A mar estabelecia o tom
Fazendo meu-teu corpo flutuar
De longe as luzes da cidade
Perdidas na grande escuridão
E de tanta felicidade
Dançava com emoção
Dentro dessa fantasia
Irradiado por ti
Encontrei a plena alegria
Que me fez sorrir
Dançei, flutuei...
Beijava-te com devoção
Foi de tudo o que desejei
Dentro dessa canção
Fernando Marques
Faça a Sua Escolha!

Faça a sua escolha!
Infeliz daquela pessoa
Que fica pelos cantos jogada
E que ela mesma se magoa
Por não ser amada
Aí ela tenta viver
Inventando e se vendendo a “amores”
Tentando assim e somente assim esconder
Seus maiores e torturantes temores
Relacionamentos de conveniência
Social ou meramente banal
Onde o sorriso da inocência
Não passa de um ato teatral
As pessoas são “feias” porque esquecem
De enfeitar seu livre interior
E por isso dizem que só padecem
Esquecendo que elas são seu próprio feitor
Viva a beleza
Que existe dentro de você
Pois somente a tua natureza
Te faz ou não crescer
Deixe de lado a falsidade
Que te enfeita pra sair
Seja a tua docilidade
Não deixe sua alma se reprimir
Entenda que o amor
É mais que um ato carnal
Entenda que até mesmo a dor
Se esconde durante o carnaval
Fernando Marques
Esse Samba Pede Passagem

Esse samba pede passagem
Escuto um sambinha
Ecoando no meu coração
Ele fala da alegria e do amor
Numa simples composição
Ele vem ao povo falar
Agradeçam ao Senhor
Pois nada no mundo existe
Sem uma nota de amor
Esse sambinha...
Vai ecoar por esse mundo
Pra cada coração ouvir
Que de amor eu me inundo
Esse é o argumento
Da palavra alegria
E nele eu sustento
Essa doce melodia
Se alguém...
Mesmo triste o escutar
Por favor, entenda
Essa tristeza vai passar
Pense no amor
Abra o seu coração
Tudo na vida passa
Já falava uma antiga canção
Mas plante o amor
Sem nada dele cobrar
Pois um dia
Ele vem te cumprimentar
Fernando Marques
Flor-mulher

Flor-mulher
A cada sorriso de menina
A cada corpo de mulher
Componho minhas poesias
Brincando de bem me quer
Dentro das poesias
Que afloram no meu peito
A todas eu admiro
Sem perder o respeito
Pode até parecer
Uma grande inverdade
Mas hoje mais do que nunca
Digo com sinceridade:
A beleza de uma mulher
Está no saber colher
Tudo o que ela nega
Pra ter prazer
Um dia...
Quando uma única flor
Tomar conta de mim
Aí me entregarei ao amor
Enquanto isso...
Rego todo dia o meu jardim
Pra nascer à flor
Que espero pra mim
Fernando Marques
Progressão

Progressão
Tinha medo do escuro
Acendi a candeeiro do amor
Hoje sinto um coração puro
Afastado do rancor
Graças a mim
E ao poder Divino
Hoje me vejo assim
Sonhando como um menino
Desejo ao mundo
Prosperidade
E desse sentimento me inundo
Pra conquistar plena felicidade
Se ainda vives a sofrer
Pense na alegria do sorrir
E entenda que só podemos viver
Se o amor nos dirigir
Amem loucamente
Mas com o coração
E nunca invente
Uma nova ilusão
Fernando Marques
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Cem Anos de Solidão - Comentário

Mandaram-me algo sobre Gabriel Garcia Marquez, autor de Cem Anos de Solidão, que no conteúdo falava que envelhecemos cada vez que protelamos se apaixonar, então:
Então...
Consegui perceber
Nesse acordar
O peso de cada dia envelhecer
E da angústia de não me apaixonar
Escorrendo pela ladeira do sofrer
Por não ter Ela pra amar
Tenho medo de morrer
De nunca mais acordar
E hoje procuro entender
O que me faz acovardar
Lembrei de alguém que amei
Das lágrimas que derramei
Das vontades de me matar
Das noites que amanheci a chorar
Do livro: Cem Anos de Solidão
Lembrei de meus olhos tristonhos
Que da luz se escondiam
Lembrei que tive um sonho
Um sonho de família
De ter meus filhos
De ter “minha” mulher
Lembrei de quem sou
Lembrei do que fui
Lembrei que até mesmo você
Quem nem sei que é
Também tem os mesmos sonhos
Os mesmos medos
Então...
Voltei a minha solidão.
Fernando Marques
quinta-feira, 6 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Em Sua Homenagem

Em Sua Homenagem
Pra homenagear o amor
Aprendi novamente sorrir
Pois amor não rima com rancor
Pois o amor nos faz existir
Pra homenagear o amor
E a tudo que ele me conduz
Eu grito bem alto ao Senhor:
Obrigado por essa luz!
Pra homenagear o amor
Despi-me de toda a infelicidade
Que tenta meu coração decompor
Pra sucumbir minha alma a enfermidade
Pra homenagear o amor
Aprendi o que significa o perdão
Aprendi que as flores mudam de cor
De acordo com cada estação
Pra homenagear o amor
Aprendi dentro de mim encontrar
O real e tangível valor
Do que é o amar
Fernando Marques
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