terça-feira, 10 de março de 2015

Sem Atuar


Sem atuar

Quando fico sozinho
Dar vontade de me esconder
Num cantinho
Que ninguém possa me ver

Tenho de esconder
A tristeza do meu coração
Que tanto faz sofrer
Quem está na aflição

Vejo a vida passar
No espasmo da solidão
E o espelho a falar
Que estou sem direção

Vem na memória
O rosto de uma pessoa
Que grava na minha história
O tanto que a separação nos destoa

As lágrimas escorrem na minha pele nua
Vertendo o quanto é triste
A saudade que é sua
Que no meu peito persiste

Um sonho que marcou minha vida
Que os dias transformaram em pesadelo
Uma mulher nunca esquecida
Que deixou em mim esse triste modelo

Hoje sou a representação
Da dor sem atuar
Sou a frustração
Que faz criança chorar

Fernando Marques

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