quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O vento sempre muda de direção


O vento sempre muda de direção

Quantos joelhos se curvaram diante da cruz
Pedindo que as chuvas de metal parassem?
Quantos meninos deixam de brincar
Em busca da paz?

Quantas mães ainda sentirão seu peito dilacerar
Enquanto seus filhos criam suas guerras?
Quantos rios de sangue ainda se formarão
Pra não haver mais distinção de raça, cor ou religião?

Quantas crianças se perderão em escombros
A procura de sonhos soterrados?
E a guerra?
A guerra é um aspecto emocional!

Quantas pessoas perderam seus nomes
E viraram a palavra estatística?
Até quando a guerra vai ser notícia
Se eu desligar a TV?

Até que dia escutaremos:
Não tenho nada com isso!?
E quando a chuva cair no meu quintal
Mudarei o canal?

Fernando Marques