sexta-feira, 4 de junho de 2010
Aprendendo
Aprendendo
No meu tempo de escola
Eu só ficava a moldar
De que forma seria a cola
Que me fizesse passar
Eu só vivia a imaginar
O formato da calcinha
Quando via passar
A menina da carteira vizinha
Eu olhava minhas professoras
Com olhar discente
Mas eram aterradoras
Minhas visões indecentes
Sempre no recreio
Eu ia brechar
Sem receio
Minha vizinha se “maquiar”
Tinha na parede um buraquinho
Que engenhosamente criei
De lá eu voltava fraquinho
Quanto lá eu suei...
Tinha uma certa professora
Motivo da minha constante fraqueza
Ela era avassaladora
Com sua voluptuosa beleza
Ela me lembrava
Da égua da fazenda
Que eu andava
Como a professora era estupenda!...
Eu tinha visão de raio x
Essa professora eu despia
Ela era o chamariz
Pras melodias que no banheiro vertia
Essa é apenas uma leitura
Da minha adolescência
Onde essa criatura
Era pura inocência
Fernando Marques
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